Matéria Escura Finalmente Descoberta Será? - Obscura Verdade

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4 de abr. de 2013

Matéria Escura Finalmente Descoberta Será?

Um detector de partículas de 2 bilhões de dólares anexado à Estação Espacial Internacional detectou uma potencial assinatura da matéria escura no universo, segundo os cientistas.


O Espectrômetro Magnético Alfa (AMS) foi anexado à Estação Espacial Internacional (ISS) em maio de 2011 pelo ônibus espacial Endeavour. Desde então, o AMS tem detectado elétrons e pósitrons (antipartículas dos elétrons) originários do espaço profundo e avaliado as suas características. Ao estudar esses elétrons e pósitrons, os físicos esperavam que o AMS pudesse ajudar a responder um dos mistérios mais duradouros da ciência: a matéria escura existe?

E agora, parece que a resposta é afirmativa.

Os resultados do AMS foram anunciados antecipadamente .Em um anúncio especial realizado ontem (03 de abril), os pesquisadores revelaram os primeiros resultados de bilhões de detecções de partículas.

Cerca de 400.000 detecções de pósitrons foram confirmadas nesse primeiro lote de dados – que são de pósitrons com energias consistentes com a assinatura da matéria escura.

A matéria escura é pensada para formar, juntamente com a energia escura, 95% de toda a matéria no Universo, sendo que a restante é a chamada “matéria bariônica” – ou seja, as pessoas, os planetas, estrelas e as demais coisas que vemos no universo. Como o nome sugere, a matéria escura é invisível, e não interage com a matéria comum. No entanto, ela ainda exerce um efeito gravitacional sobre o espaço-tempo e sobre outros objetos, como galáxias, o que permite sua detecção.

Pósitrons com energias entre 0,5 GeV e 250 GeV foram registrados pelo AMS. Isto é consistente com a teoria de que WIMPs (partículas massivas que interagem fracamente) estão lá fora. E, aparentemente, esses pósitrons são originários de todas as direções, reforçando a teoria de que a matéria escura permeia por todo o Universo.

Mas isso ainda não prova a existência de que os WIMPs são de fato a matéria escura. Pulsares – estrelas de nêutrons com uma alta velocidade de rotação – também podem produzir tais pósitrons, embora não os espalhem por todas as direções.

“É a medida mais precisa do fluxo de pósitrons até agora, e estes resultados mostram claramente o poder e a capacidade do detector AMS”, disse o ganhador do Prêmio Nobel Samuel Ting, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que lidera a equipe internacional do AMS. “Nos próximos meses, o AMS irá ser capaz de nos dizer de forma conclusiva se esses pósitrons são de fato um sinal de matéria escura, ou se eles têm alguma outra origem.”

O AMS permanecerá acoplado à Estação Espacial para o resto de sua vida operacional, por isso ainda haverá muitos resultados a serem colhidos e analisados.

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