Irma Grese: A Bela Besta - Obscura Verdade

Apenas os Pequenos Segredos Precisam ser Guardados, Os Grandes Niguém Acredita - Herbert Marshall

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21 de jan. de 2015

Irma Grese: A Bela Besta


"Quando criança era tímida e tranquila mas, depois de crescer e aderir a causa nazista, foi nomeada supervisora de prisioneiros em Auschwitz: ali, se converteria em uma das mulheres mais cruéis da história. Entregava prisioneiras desnutridos aos cães, disparava arbitrariamente nos presos, chicoteava os seios das mulheres com mórbido deleite, entre outras atrocidades..."

Irma Ilse Ida Grese nasceu um 7 de outubro de 1923 em Wrechen, Alemanha. Em sua infância foi uma criança tranquila e um tanto tímida. Dotada de uma grande beleza física, ninguém imaginou que por trás daquele rosto angelical, se escondia a semente de um monstro cruel e sádico. O monstro só precisava do palco adequado para se manifestar.

Ninguém suspeitou que
sob esse rosto, se escondia 
uma sádica cujos crimes a 
converteriam na mulher mais 
jovem (23 anos) a ser 
enviada à forca sob as leis 
britânicas...

Assim que aos 19 anos, foi nomeada supervisora de prisioneiros em Auschwitz. A história nunca esquecerá como ela ria ao entregar judias desnutridas aos cães famintos, como depravadamente desfrutava chicoteando os seios das prisioneiras "mais dotadas" ou liquidava vidas ao seu bel-prazer apertando o gatilho de sua pistola.

Depois da derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, seus crimes a converteram na mulher mais jovem a ser enviada à forca sob as leis britânicas, sendo executada um 13 de dezembro de 1945 aos seus 23 anos. Depois de sua morte, em seu alojamento foram encontrados três lustres com telas feitas de pele humana; segundo rumores, de prisioneiros esfolados por suas próprias mãos.

Odiada profundamente por suas vítimas judias, a combinação de sua maldade e beleza fizeram com que a lembrem por títulos como "O Anjo de Auschwitz", "O Anjo da Morte" ou "A Besta Bela". Também é chamada de "A Cadela de Belsen".


O monstro antes de se manifestar


Irma era filha de um leiteiro dissidente do Partido Nazista e de uma mulher chamada Berta. Durante sua infância foi uma criança normal; inclusive, segundo declarações de sua irmã Helen (efetuadas durante o julgamento): "quando criança era bastante tímida e de modo algum violenta. Evitava os confrontos e em caso de briga entre crianças, sempre fugia".

O único acontecimento traumático de que se tem notícia foi o suicídio de sua mãe em 1936, quando Irma era uma pre-adolescente. Não se sabe se isto influenciou em sua indisciplina escolar, mas a verdade é que aos 15 anos abandonou o colégio como consequência de sua falta de aplicação e dos interesses que começava a mostrar em se integrar às juventudes hitlerianas, desejando por isso, se unir à liga da Juventude Feminina Alemã, agrupamento que seu pai desaprovava.

Antes disso, junto do que resta de relevante antes de sua transformação, foi narrado pela própria Irma Grese durante o Julgamento de Bergen-Belsen, no qual os tribunais britânicos a julgaram e a 44 pessoas mais implicadas na administração do campo de concentração de Bergen-Belsen. Suas palavras foram:

"Em 1938 deixei a escola fundamental e durante seis meses estive empregada como diarista em uma fazenda. Depois, trabalhei em uma loja em Lutem, por seis meses. Quando cumpri os 15, consegui um posto de servente em um hospital em Hohenlunchen, e ali permaneci dois anos. Tentei me converter em enfermeira, mas o Escritório de Trabalho não me permitiu e me enviaram a um laticínio em Fürstenberg. Em Julho de 1942, voltei a solicitar um posto de enfermeira; mas, apesar de que protestei contra isso, o Escritório de Trabalho me atribuiu ao campo de Ravensbrück, como parte do corpo auxiliar feminino das SS. Estive ali até Março de 1943"
Outra versão - que é quase certa que seja a verdadeira, já que se sabe que Irma mentiu no julgamento ao negar algumas acusações reais - diz que ela na verdade, queria trabalhar como enfermeira, mas não estava de todo inconformada com o seu posto de trabalho em Ravensbrück e assim, foi para casa durante uma permissão.

Ao vê-la no uniforme das SS com aquela atitude de complacência, seu pai desaprovou e os dois tiveram uma acalorada discussão, depois da qual, Irma foi expulsa de casa já que não estava disposta a renunciar ao seu nazismo.

A Besta Bela e seus crimes


Em 1943 Irma entrou no Campo de concentração de Auschwitz, como uma SS Oberaufseherin (guarda feminina). Com impressionante rapidez, no final do mesmo ano, ela foi promovida a supervisora, chegando a ser a segunda mulher com mais alta categoria após María Mandel.

Dizem que foi seu enorme fanatismo nazista e seu considerável sadismo o que abriu as portas para tão veloz ascensão, embora sua beleza esteve implicada, tal e como fica claramente sugerido no fato de que Irma gostava de "compartilhar sua beleza" com oficiais de alta categoria como Joseph Mengele e Josef Kramer, além de outros menos conhecidos, desconhecidos ou não confirmados.

Aproximadamente umas 30 mil prisioneiras foram a ela delegadas em Auschwitz, o qual, representou o terreno ideal para desatar abertamente seus impulso cruéis, coisa que Irma não duvidou em aproveitar: primeiro em Auschwitz, depois em Ravensbrück e finalmente em Bergen-Belsen. Naquele percurso teve lugar o processo psicológico em que Irma foi incrementando suas tendências obscuras, alcançando desde suas primeiras etapas, no sadismo exacerbado que a levaria à fama e à forca.


(Olga Lengyel, sobrevivente do Holocausto)

"Ela fustigava aonde desejava e a nós, não nos restava
mais que aguentar o melhor que pudéssemos.
Nossas contorções de dor e o sangue que 
derramávamos, a faziam sorrir..."

Olga Lengyel foi uma das vítimas que sobreviveu à crueldade de Irma Grese. Anos após o Holocausto, Olga reuniu documentação e organizou lembranças para escrever o livro "Os fornos de Hitler"; como introdução ao sinistro perfil de Irma, estão citadas estas palavras:

"...Irma Grese ia para frente das prisioneiras com seu andar ondulante e seus quadris em movimento. Os olhos das quarenta mil desventuradas mulheres, mudas e imóveis, cravavam-se nela. Era de estatura média, estava elegantemente vestida e tinha o cabelo impecavelmente arrumado.

O terror mortal inspirado por sua presença, lhe satisfazia indubitavelmente e a deleitava. Porque aquela garota de vinte e dois anos absolutamente não possuía entranhas. Com mão firme, escolhia as suas vítimas, não só dentre as sãs, mas também entre as doentes, débeis e incapacitadas.

As que apesar de sua fome e penúrias, seguiam manifestando um pouco de sua beleza física anterior, eram as primeiras em ser selecionadas. Constituíam os alvos especiais da atenção de Irma Grese.

Durante as 'seleções', o 'anjo loiro de Belsen', como mais adiante a imprensa a chamaria, manipulava com liberdade o seu chicote. Fustigando onde desejava, e a nós não nos restava mais que aguentar o melhor que podíamos. Nossas contorções de dor e o sangue que derramávamos, a faziam sorrir..."

As palavras acima, mostram que Irma fixava-se muito na beleza das prisioneiras, escolhendo como alvo às de melhor aspecto. Por trás disso, não estava a inveja mas sim, uma sexualidade distorcida. Testemunha dos seus sangrentos requintes, foi Gisella Pearl, médica dos prisioneiros quem no Julgamento de Bergen-Belsen declarou:

"Grese gostava de açoitar com
seu chicote nos seios de jovens
bem dotadas, com o objetivo
de que as feridas se infectassem.
Quando isto ocorria, eu tinha que
ordenar a amputação do peito, que
era realizado sem anestesia.
Então ela se excitava sexualmente
com o sofrimento da mulher"
(Gisella Pearl, sobrevivente do
Holocausto)

Complementarmente, a pervertida Besta Bela tinha outros hábitos unidos ao seu perfil de predadora sexual:

1) possuía uma escrava sexual com a qual mantinha um sádico romance, 2) com relativa frequência, mandava trazer prisioneiras de bom aspecto para abusá-las sexualmente, abuso em que a tortura e a degradação, costumavam se fazer presentes, 3) se vinculou sexualmente a vários oficiais e inclusive, parece que a certos prisioneiros masculinos, pelo qual, algumas vezes obrigou a um médico prisioneiro húngaro a que lhe praticasse abortos, sob ameaça de morte.

Além de sádica sexual, Irma Grese era uma autêntica assassina cuja maldade não tinha freios nem mesmo com crianças, pois outro de seu "modus operandi", consistia em assassinar às internas disparando-lhes um tiro a sangue frio e os abusos sexuais e as torturas contra crianças, estavam à ordem do dia. Irma não conhecia nem tinha limites. Sua extremada depravação a levaram a dar sádicas surras com um chicote trançado até provocar a morte das vítimas.


Seria preciso imaginá-la com esse instrumento que tanto a orgulhava, já que depois de sua captura, evidenciou em um interrogatório onde poeticamente disse que seu estimado chicote "era muito leve, translúcido como vidro branco".

Sendo como ela era, uma pessoa de aspecto impecável, que dava grande importância à beleza, cabe suspeitar que, em sua distorcida mente, a natureza translúcida de seu chicote outorgava um estimulante aspecto estético ao seu uso, já que o sangue das prisioneiras devia de lhe parecer bastante elegante em seu contraste cromático com o aspecto cristalino do chicote; elemento que, assim como suas botas e sua maneira de caminhar, brindavam a Irma o aspecto de uma beleza assassina...

Embora talvez o mais arrepiante de tudo, era o prazer que aparecia no rosto de Irma quando as mordidas dos cães recaíam sobre prisioneiras judias que, em muitos casos, a fome prolongada havia reduzido a apenas ossos e pele. Luba Triszinska, sobrevivente do Holocausto, afirmou durante o Julgamento de Bergen-Belsen que Irma:

"...Não dava de comer aos cães, mantinha eles enjaulados durante dias com focinheira posta. Quando uma prisioneira caía ao chão desfalecida, mandava a sua criada polonesa trazer os cães para incitá-los a se lançarem contra aquelas mulheres desnutridas que mal podiam se defender e que eram despedaçadas vivas pelos animais..."

O exercício era realmente usado como medida disciplinar pelos militares alemães, tal e como se fazia e ainda se faz em todo exército. No entanto, Irma tomou isto como base para seus excessos desumanos, já que às vezes obrigava aos internos a fazer flexões durante "horas". Enquanto, passeava com seu precioso chicote de celofane, vigiando aos presos para dar um tremendo açoite àqueles que ousassem parar, desfrutando assim da dor de uns e do temor de outros.

Finalmente e embora pareça difícil de dar crédito à palavra "horas", Klara Lebowitz, sobrevivente do Holocausto, disse que: "Grese obrigava os internos a permanecer em formação, durante horas, sustentando grandes pedras sobre suas cabeças"

A escrava de Irma, um capítulo especial de sua depravação


Com apenas 13 anos, uma garota espanhola foi tomada como escrava sexual por Irma.
Foi na Polônia onde Irma conseguiu localizar uma garota espanhola à qual, anos antes, havia conhecido em Wrechen, uma cidade alemã localizada a apenas 60 quilômetros de Berlim. Irma, que era bissexual, havia desenvolvido uma obscura obsessão erótica (portanto, mais que simplesmente "sexual") pela pequena adolescente espanhola que, naquele momento, mal contava com 13 anos.

A garota espanhola (sua identidade real é desconhecida) havia tido a má sorte de que seu pai, que ostentava um cargo importante no governo de Miguel Primo de Rivera y Orbaneja, mas vivia na Alemanha, teve que regressar a Espanha durante a Guerra Civil Espanhola, deixando a sua filha na Polônia.

Em que circunstâncias específicas a deixou, é algo que não se encontra nas fontes de internet; já que, praticamente tudo o que há na web relacionado ao tema, está associado a publicações do livro "La Bella Bestia", uma obra em que Alberto Vázquez-Figueroa, que narra a história da escrava sexual de Irma Grese, escrava cuja identidade ele nunca proporcionou pois, ela pediu em troca das informações que deu ao escritor, que seus nomes e sobrenomes nunca fossem revelados e que tudo aquilo fosse publicado somente depois da morte dela.

O fato é que as circunstâncias da garota, conjugadas com o poder de Irma, foram suficientes para que ela fosse convertida em sua "criada", título este que ocultava seu papel de escrava doméstica e sexual, estando o segundo no contexto das tendências sádicas de Irma e tendo sido, por parte da garota espanhola, vivida como uma violação aos seus 13 anos e como uma exploração no tempo que seguiu.

Grese teve à "jovem calada de olhos escuros" durante muito tempo, fazendo ela se passar como polonesa e a levando aonde fosse: no campo de concentração de Ravensbrück, a manteve dentro de sua própria casa; em Auschwitz, dentro de uma água-furtada próxima à casa em que ela habitava; em Bergen-Belsen, em uma casa próxima do campo.

Julgamento e condenação


No julgamento, Irma negou muitas acusações e mostrou verdadeiro cinismo e arrogância
Em 17 de setembro de 1945 começava, em Lüneburg, o julgamento de Bergen-Belsen, dirigido contra o comandante Josef Kramer e outros 44 implicados na administração dos campos de concentração de Bergen-Belsen. Apesar de ocupar o nono lugar na lista de acusados, Irma era chamativa e se converteu na estrela do processo, adquirindo ali seu apelido de "A Rosa de Auschwitz". Durante o julgamento, as crianças em coro gritavam o seu nome a cada dia em que ela chegava ao tribunal; ela respondia, invariavelmente, com um sorriso presunçoso.

Sabia que ia ser condenada à morte, que entre os chamados a dar depoimento, haviam prisioneiras judias que guardavam por ela, um profundo e natural rancor. Estando em seus últimos dias, ela optou pelo cinismo, a provocação e a arrogância. Mostrou-se indiferente e depreciativa com o tribunal, sendo lacônica: "não", "sim", "não sei", "nunca vi nada disso"; em ocasiões, insolente : "Eu deveria saber melhor que você se havia ou não um cão, não é mesmo?", "Gostaria que você deixasse de repetir a palavra 'regularmente'"; tendia a negar algumas acusações ao ponto do cinismo sarcástico: "Eu sou incapaz de fazer planos. Nunca fiz nenhum plano para matar prisioneiros".

Os depoimentos contra ela incluíam coisas terríveis e abaixo, segue uma lista de acusações cujas as identidades dos que emitiram, estão no parêntese no final de cada caso enumerado:

1. Fazer com que os cães devorem a prisioneiras desnutridas e/ou cansadas (Luba Triszinska)

2. Açoitar os seios das prisioneiras "bem dotadas" para que se infectem as feridas e ela se excite na operação de extirpação sem anestesie (Gisella Pearl)

3. Ter aventuras bissexuais e, nos últimos tempos, vários romances lésbicos com internas (Isabella Leittner e Olga Lengyel)

4. Obrigar aos internos a fazer flexões por horas, açoitando ao que parava (Helene Klein)

5. Bater nos internos (Gitla Dunkleman e Doura Szafran)

6. Pôr em formação por horas os internos, segurando pedras pesadas sobre suas cabeças (Klara Lebowitz)

7. Ser uma das pessoas responsáveis, em Auschwitz, de selecionar presos para as câmaras de gás (Gertrude Diament e Ilona Stein)

8. Ter sido responsável, durante sua estadia no Comando de Castigo (Strafkommando), de ao menos 30 mortes diárias (Helene Kopper)



No entanto Irma Grese não aceitou todos as acusações que foram formuladas contra ela: negou ter usado cães contra as prisioneiras, ter disparado a sangue frio às internas, ter açoitado seios com seu chicote, entre outras coisas. Somente aceitou ter batido nas prisioneiras mas com as mãos e"por uma boa razão" dizia ela, ter presenciado seleções para as câmaras de gás, ter empregado o chicote para pôr e manter a ordem nas formações e ter submetido aos internos a sessões esportivas como uma forma de punição. Com tudo, os depoimentos e as evidências bastaram para formular encargos suficientes para justificar a sua sentença de morte na forca.

A imprensa sensacionalista havia se encarregado de causar rebuliço em torno de sua figura, dando como resultado que quando Irma morreu, ela já era famosa.

Na atualidade, segue ocupando um lugar importante entre a lista das mulheres mais maldosa da história, aparecendo em alguns sites como quase igual de má quanto Elizabeth Bathory (a condessa que se banhava em sangue de virgens) ou inclusive, para outros tantos, ainda mais maléfica. Por último, sabe-se que, ela e outras nazistas como Ilse Koch, estão vagamente relacionadas à origem da figura Dominatrix, um ícone da cultura sadomasoquista...



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