Um time de astrobiólogos redefiniu as noções convencionais de onde a vida pode existir dentro de um sistema solar. Eles sugeriram que a vida poderia existir dentro de planetas com superfícies inóspitas. Apelidado de “zonas habitáveis do subsolo,” esta nova definição de zonas habitáveis significa que a vida extraterrestre pode ser muito mais prevalente do que imaginávamos
Tipicamente, uma zona habitável do sistema solar, ou a chamada “zona Cachinhos Dourados,” é uma faixa bastante estreita dentro da qual os planetas podem fomentar a água líquida na superfície e adquirir uma atmosfera estável. Para o nosso sistema solar, esta região de vida se estende de Vênus a Marte.
Mas conforme um time de pesquisadores da Universidade de Aberdeen e St. Andrews estão argumentando, esta definição tradicional não leva em conta a vida que pode existir sob a superfície de um planeta. De fato, como extremófilos na Terra têm mostrado, a vida pode ser incrivelmente resistente. Além disso, as temperaturas aumentam à medida que a profundidade aumenta; uma vez que as temperaturas podem favorecer a água líquida, é concebível que a vida possa existir lá também.
Para demonstrar que este é o caso, os pesquisadores utilizaram um modelo de computador para aproximar as temperaturas abaixo da superfície de planetas, inserindo a distância às suas respectivas estrelas enquanto referenciavam as mesmas ao tamanho do planeta. Isto lhes permitiram chegar a um mapa da zona habitável de subsuperfície (ZHSS).
Os resultados mostraram que o raio habitável em torno de uma estrela triplica se a vida puder existir a 5,3 km (3,3 milhas) abaixo da superfície (que é o caso da Terra). Se a vida puder existir a 10 km (6 milhas) abaixo da superfície (o que não é impossível), isto estendaria o ZHSS do nosso sistema solar por um fator de 14. Isto é além de Saturno – uma faixa que teria que incluir luas como Europa e Ganimedes, sendo que ambas são pensadas para hospedar oceanos no subsolo.
Isto significa que Vênus também poderia ser considerado potencialmente habitável apesar de sua superfície quente fervente.
Incrivelmente, o pesquisador-chefe Sean McMahon diz que isto abre a possibilidade de que até mesmo planetas interestelares à deriva no espaço interestelar poderia abrigar vida.
“Planetas rochosos algumas vezes maior que a Terra poderia suportar água líquida à 5 km abaixo da superfície até mesmo no espaço interestelar… até mesmo se eles não tiverem atmosfera, pois, quanto maior o planeta, mais calor eles geram internamente,” ele contou a IBT.
Ao mesmo tempo, a ideia do ZHSS irá aumentar dramaticamente o número de exoplanetas e exoluas considerados apropriados para a vida extraterrestre. Na verdade, a vida pode existir mais dentro do planeta do que na superfície; a Terra parece ser uma exceção.
Claro, o que estamos falando aqui é primeiramente a vida microbiana (embora provavelmente não exclusivamente). O que seria realmente fascinante saber é a zona habitável para a vida inteligente capaz de utilizar o rádio.
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Interessante! isso explica muita coisa, como os avistamentos de ovnis entrando e saindo das profundezas do oceano, sem contar as inúmeras lendas sobre civilizações vivendo no interior do nosso próprio planeta.
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