Você acha que é possível se congelar para viver no futuro? Mesmo com essa possibilidade sendo incerta, tem gente que paga caro para ser congelada!
Com ele deu certo!
A palavra Criogenia basicamente é um ramo da ciência que estuda temperaturas baixíssimas (menos de -150°C), mas o que isso tem haver com o assunto do Sinistro ao Extremo?
Tem tudo haver, porque falaremos especificamente da Criogenia Humana (ou Preservação Criogênica) que é a técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia. Hoje, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar na “geladeira” com chances boas de sobreviver a um descongelamento – estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê. Por isso, um bocado de gente acredita que isso ainda vai funcionar com seres humanos inteiros. Até agora, cerca de 100 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.
A idéia é fantástica: você morre e os médicos o colocam num tanque de nitrogênio líquido, guardado a -196 ºC, temperatura em que o cadáver não apodrece. Aí, daqui a uns 500 anos, os cientistas descobrem um jeito de combater a doença que causou sua morte e o degelam. Uma beleza, né? Mas o processo não é tão simples. “Os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam danos às células que só poderiam ser reparados por tecnologias que ainda não existem”, afirma o físico americano Robert Ettinger, considerado o grande divulgador da criogenia. Por enquanto, o congelamento não funciona com pessoas porque o líquido que compõe as células vira gelo, aumentando de tamanho e fazendo-as trincar. Com os embriões congelados, esse efeito é evitado com a aplicação de substâncias químicas que driblam a formação de cristais de gelo, impedindo que as paredes celulares se danifiquem. “Mas com os seres humanos desenvolvidos o problema é que cada tipo de célula exige uma substância protetora diferente, e muitas delas ainda não foram inventadas”, diz o ginecologista Ricardo Baruffi, da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), um especialista em congelamento de embriões. Quer tentar a sorte mesmo assim? Então é melhor se mudar para os Estados Unidos, porque as duas únicas empresas no mundo com estrutura para receber novos “pacientes” ficam lá. E, se você quiser levar um bichinho de estimação para não se sentir muito sozinho daqui a 500 anos, sem problemas. Dez gatos, sete cachorros e até um papagaio já entraram nessa fria com seus donos.
EXPERIÊNCIA JAPONESA
No final do ano retrasado, pesquisadores japoneses anunciaram resultados considerados promissores para os candidatos ao desejado ressuscitamento. Eles tiraram o DNA do cérebro de um camundongo congelado por 16 anos, e utilizando a técnica da clonagem, conseguiram fazer uma cópia idêntica do animal. Mas os mesmos cientistas advertem que a técnica deve ser aperfeiçoada com o objetivo de trazer a vida algumas espécies extintas, como o mamute.
Ainda não cogitam de utilizar a técnica com seres humanos, pois constataram, na prática, que: “Geneticamente o ratinho clonado é idêntico ao camundongo que passou 16 anos congelado. Mas não tem a mesma personalidade, nem as mesmas memórias do outro rato”.
ONDE FAZER ISSO E QUANTO CUSTA?
Bom, essa técnica ainda não está disponível no Brasil, até pelo fato de ser proibido por lei, mas em alguns países existem empresas que fazem esse congelamento… Duas das mais importantes são: Alcor Cryonics (Arizona/EUA) e o Cryonics Institute (EUA) e o custo para manter um corpo congelado pode variar de R$ 100.000 a R$ 200.000, dependendo do tamanho da pessoa e do tempo de congelamento…
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