Nós já conhecemos uma série de dietas estranhas e incomuns. Entretanto, os cientistas de Harvard identificaram uma que pode ser a mais impressionante de todas: a luz solar e eletricidade.
Liderada por Peter Girguis e Arpita Bose, uma equipe de pesquisadores descobriu que a bactéria Palustris Rhodopseudomonas, comumente encontrada, pode utilizar condutividade natural para puxar elétrons de mineiras localizados profundamente no solo e sedimentos, mantendo-se na superfície, onde absorvem a luz solar necessária para produzir energia. O estudo é descrito em um artigo do dia 26 de fevereiro da Nature Communications.
“Quando você pensa sobre a eletricidade e os organismos vivos, a maioria das pessoas imagina Frankenstein, mas há muito tempo se sabe que todos os organismos vivos utilizam elétrons para realizar trabalhos. No coração deste estudo está um processo chamado de ‘transferência extracelular de elétrons’ (EET), que consiste em mover elétrons para dentro e para fora das células. O que nós conseguimos mostrar é que estes micróbios atraem a eletricidade, que vai para o seu metabolismo central, e somos também capazes de descrever alguns dos sistemas que estão envolvidos nesse processo”, disse Girguis.
Na natureza, os micróbios contam com o ferro para fornecer os elétrons que precisam para alimentar a geração de energia, mas os testes em laboratórios sugerem que o ferro não é fundamental para este processo. Ao ligar um eletrodo para colônias de micróbios em laboratórios, os pesquisadores observaram que eles conseguiam pegar os elétrons mesmo de uma fonte não ferrosa, o que sugere que eles também podem utilizar outros minerais ricos em elétrons – como outros metais e compostos de enxofre – no meio selvagem.
Os pesquisadores ainda não conseguiram sugerir uma utilidade para estas bactérias na medicina, mas novos estudos serão realizados visando esta finalidade.
Fonte: ScienceDaily
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