O que escondem os túneis e bases subterrâneas construídos pelas forças armadas na CHINA?
À medida que o poderio militar chinês vai crescendo, a sua rede de construções subterrâneas se coloca no centro das atenções dos peritos que estudam a infra-estrutura militar da China.
China, Exército, defesa, por Vassili Kashin, Defesa – Voz da Rússia em 12 de junho de 2013. O site Strategy Page indica a existência de 40 bases aéreas para abrigar no total um parque de 1.500 aviões. Por isso, do ponto de vista de quantidade e proporções de tais instalações importantes, a China é capaz de manter a liderança mundial.
As forças aéreas de outros países carecem de abrigos subterrâneos. Um abrigo subterrâneo, aberto na vertente de uma montanha, é mais eficaz do que um abrigo típico de superfície, capaz de virar alvo de uma bomba. Note-se que as bombas modernas utilizadas contra as casamatas, podem, na melhor das hipóteses, eliminá-las à profundidade de algumas dezenas de metros, sem poder afetar, contudo, os abrigos abertos dentro das montanhas.
Os abrigos subterrâneos de grande dimensão também foram construídos na base naval de submarinos chineses na ilha de Hainan. Como se sabe, os abrigos do gênero são também usados igualmente pelas Tropas de Mísseis Estratégicos. No passado, este fato era a causa de múltiplas especulações na mídia mundial sobre “as grandes proporções dos arsenais nucleares chineses face aos existentes na Rússia ou nos EUA”. Todavia, tais conjeturas teóricas e não confirmadas foram submetidas a veementes críticas. No entanto, o Pentágono decidiu incluir um ponto sobre o sistema chinês de abrigos subterrâneos no seu relatório anual sobre o setor de defesa daquele país.
Em termos históricos, pode-se dizer que a construção de tais fortificações tem sido uma reação da China à correlação das forças no continente asiático. Até há pouco, a China tinha a falta de meios financeiros, equipamentos modernos e quadros de técnicos competentes, apesar de contar com o excesso da mão-de-obra pouco qualificada. Naquela altura, convinha construir numerosos abrigos para colocar ali dispendiosos sistemas de armas e reservas materiais sem olhar para elevadas despesas canalizadas para o efeito.
Segundo avaliações de peritos dos EUA, um novo impulso para a edificação de tais abrigos foi dado pela guerra no Golfo Pérsico em 1991 que veio demonstrar a supremacia do Ocidente nas operações militares aéreas. Depois disso, a China aumentou o volume de construção de abrigos cada vez mais modernos para garantir a segurança de suas tropas, instalações industriais e de seus dirigentes políticos.
Conforme as fontes de informação chinesas, atualmente debaixo da terra se encontra a maior parte das reservas estratégicas de armas e munições do país, centros de comunicação e de comando, bem como alguma capacidade industrial produtiva. Em qualquer cenário militar, os abrigos do gênero serão muito úteis.
Além disso, o governo chinês tem dedicado muita atenção à construção de refúgios antiaéreos para os habitantes dos seus principais centros urbanos. Os equipamentos especiais para os abrigos desse tipo – instalações de ventilação, portas metálicas e comportas – se encontram ainda em andares inferiores dos parques de estacionamento junto de centros comerciais, edifícios administrativos e casas residenciais.
Pelo visto, o número de abrigos subterrâneos criado em épocas anteriores veio a ser excessivo. Alguns refúgios estão abandonados ou abertos para visitas de turistas. No entanto, no mundo instável e em constante mudança tais refúgios podem servir de um bom investimento tanto para o caso de guerra, como para a proteção contra as calamidades naturais (sismos) e tecnológicas: os abrigos como esses possuem uma resistência 1,5 vezes maior em comparação com os refúgios de superfície.
Fonte: Thonth
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